quarta-feira, 9 de junho de 2010

Nossa Senhora MÃE


Entre todos os títulos dedicados a Maria Santíssima, o mais sugestivo é o de Mãe. Na verdade, poderíamos acrescentar MÃE a todos os títulos existentes. Assim, muitos já se desdobram em: Mãe de Deus, Mãe das Almas, Mãe da Divina Providência, Mãe e Nossa Senhora do “Magnificat”, do Divino Pastor, Mãe das Escutas, Mãe de Fátima, Mãe da Graça, Mãe dos Homens, Mãe da Igreja, Mãe de Misericórdia, Mãe dos Pobres, e tantos outros, como repetimos na Ladainha de Nossa Senhora.
O Papa Pio VII coroou a imagem de Nossa Senhora com uma coroa de ouro, dando-lhe o título “Mãe da Misericórdia”. Quanto ao título “Mãe da Igreja”, é bem mais recente. Foi o papa Paulo VI quem o proclamou em 1964, no discurso que proferiu no encerramento da terceira sessão do Concílio Ecumênico Vaticano II, com estas palavras: “Portanto, para glória da Virgem, e para nosso conforto, proclamamos Maria Santíssima, Mãe da Igreja, como de todo o Povo de Deus, tanto dos fiéis como dos pastores que lhe chamam Mãe Formosíssima. E querem que, com tal título suavíssimo, de agora em diante, a Virgem seja ainda mais honrada e invocada, por todo o povo cristão”.
Paulo VI, depois de anunciar solenemente que iria oferecer a Rosa de Ouro ao Santuário de Fátima, termina o seu discurso fazendo a primeira oração com a nova invocação a Nossa Senhora: “Ó Virgem Maria, Mãe da Igreja, recomendamos-te toda a Igreja, dá ao mundo inteiro a paz na Verdade, na Justiça, na Liberdade e no Amor”. Essa oração ecumênica não deixará de ser rezada por todo o povo pelos inúmeros favores recebidos de Nossa Senhora.
Em diversos lugares, esse título aparece como padroeira, por exemplo, “de Atalaia”, no Concelho de Gavião, no distrito e diocese de Portalegre, em Portugal. O poeta de Xabregas, Lisboa, Portugal, frei João de Nossa Senhora, no Brasil-colônia, fez larga propaganda de Nossa Senhora Mãe dos Homens, cuja imagem, em 1742, foi esculpida por José de Almeida (o romano Bolseiro de D. João V, em Roma).
ORAÇÃOÓ Deus, que por intercessão da Imaculada Mãe do vosso Unigênito, colocando-nos sob o amparo de Nossa Senhora, sob todos os títulos carinhosos de Maria, dispensais generosamente a vossos servos os dons de vossa graça, concedei propício aos que celebramos na terra os louvores desta mesma Virgem, graças às suas preces maternais, mereçamos alcançar
a recompensa eterna
no céu.
Amém.

Coração de Maria

Durante o século XIX, surgiram institutos, confrarias, grupos de evangelizadores, congregações religiosas que adotaram essas imagem do Coração de Maria para mostrarem ao mundo, sobretudo aos pecadores, a misericórdia de Deus e o amor do Pai. Amor, bondade e misericórdia que Deus colocou no coração de todas as mães, contrapondo a pregação terrorista do Jansenismo. Entre esses evangelizadores estava o “Missionário Apostólico” Antônio Maria Claret.

Uma gota de mel atrai mais moscas do que um barril de vinagre, afirmava Claret. Ele dizia que pregações não podemos assustar os ouvintes, mas atraí-los para que ouçam atentamente o conteúdo da pregação, entendam a mensagem do Evangelho, acolham a Palavra ouvida, meditem-na e se convertam. Claret encontrou essa metodologia na Arquiconfraria do Imaculado Coração de Maria para a conversão dos pecadores, que tinha como sede a igreja de Nossa Senhora das Vitórias em Paris.

Quando Claret sai em campanha missionária na Espanha, encontra o povo dilacerado pelas guerras, distante de Deus, porque o pessimismo jansenista lhe havia tirado a esperança. Tudo era pecado, condenação, inferno, demônios por todos os lados...

À sua atitude de misericórdia evangélica se juntou um sinal do céu: a devoção ao Coração de Maria, como a manifestação da misericórdia de Deus. Muito fruto produziu em suas pregações. Maria, pela bondade do seu Coração, atraía os filhos pródigos que não se atreviam voltar à casa paterna, porque lhes tinham mostrado uma falsa face do Pai. Maria, por seu materno coração, aparece como refúgio dos pecadores.

Como acontece em nossas famílias, a mãe sempre é a figura central em casa, a quem os filhos pequenos recorrem mais facilmente, porque encontram proteção, amparo, carinho, amor, segurança e por meio dela chegam mais facilmente ao pai. Os santuários marianos atraem multidões, porque ela reúne mais facilmente seus filhos que estão sedentos e famintos de Deus. Essa é uma oportunidade, como dizia Claret, um meio, um instrumento ou ocasião para evangelizar.

Santo Antônio Maria Claret incentivou a devoção ao Coração de Maria, fundou confrarias e outras instituições com o objetivo de fomentar, cultivar a espiritualidade cordimariana, a espiritualidade daquela que escutou atentamente a Palavra de Deus, a vontade do seu Senhor, acolheu a Palavra escutada em seu coração, meditou sobre ela e a colocou em prática, fez vida a vontade do seu Senhor, fez presente no meio da humanidade o “Verbo” feito carne, para a redenção da humanidade.

Aí está Maria, de Coração generoso e disponível, com a função materna de levar aqueles que a ela recorrem ao seu Filho Jesus, enviado pelo Pai que a todos espera com braços abertos, como aquele Pai apresentado magistralmente por Jesus na parábola do filho pródigo.

Procuremos Maria, Mãe de Jesus e Mãe nossa, a Mãe que fez o Filho atender o seu pedido, quando percebendo a situação incômoda dos que tinham organizado a festa das bodas de Caná. Com toda confiança e certeza de alcançar a graça, disse aos serventes: “fazei o que Ele vos disser”. E o milagre aconteceu, a oração foi atendida, a alegria da festa não terminou e ninguém passou por constrangimentos.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Maria, Mãe de Deus

Santo do Dia...
Hoje, oito dias depois da Natividade, primeiro dia do ano novo, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é "a Virgem mãe, Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor" (Dante). Ela tem o direito de chamá-lo "Filho", e Ele, Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe!

Foi a primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental. Substituiu o costume pagão das dádivas (strenae) e começou a ser celebrada em Roma, no século IV. Desde 1931 era no dia 11 de outubro, mas com a última revisão do calendário religioso passou à data atual, a mesma onde antes se comemorava a circuncisão de Jesus, oito dias após ter nascido.

Num certo sentido, todo o ano litúrgico segue as pegadas desta maternidade,começando pela solenidade da Anunciação, a 25 de Março, nove meses antes da Natividade. Maria concebeu por obra do Espírito Santo. Como todas as mães, trouxe no próprio seio aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus, que nasceu na noite de Belém.

Ela assumiu para si a missão confiada por Deus. Sabendo, por conhecer as profecias, que teria também seu próprio calvário, enquanto mãe daquele que seria sacrificado em nome da salvação da Humanidade. Deus se fez carne por meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o céu e a Terra. Contribuiu para a obtenção da plenitude dos tempos. Sem Maria, o Evangelho seria apenas ideologia, somente "racionalismo espiritualista", como registram alguns autores.

O próprio Jesus através do apóstolo São Lucas (6,43) nos esclarece: "Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto". Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Santa Isabel, quando recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre." (Lc1,42). O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. Quem aceita Jesus, fruto de Maria, aceita a árvore que é Maria. Maria é de Jesus e Jesus é de Maria. Ou se aceita Jesus e Maria ou se rejeita a ambos.

Por tomar esta verdade como dogma é que a Igreja reverencia, no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus. Que a contemplação deste mistério exerça em nós a confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos levar ao caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para abandonarmos os apegos e vaidades do mundo, e assimilarmos a vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida Eterna. Assim, com esses objetivos entreguemos o novo ano à proteção de Maria Santíssima que, quando se tornou Mãe de Deus, fez-se também nossa Mãe, incumbiu-se de formar em nós a imagem de seu Divino Filho, desde que não oponhamos de nossa parte obstáculos à sua ação maternal.

A comemoração de Maria, neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que ela, que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu aquele que personificou a união ente os homens e o amor ao próximo, o Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia da Mãe Santíssima. Nos tempos sofridos e sangrentos em que vivemos, um dia de reflexão e esperança.

Confie!

Há uma curva chamada fracasso, um trevo chamado confusão, quebra-molas chamados amigos, faróis de advertência chamados família e pneus furados chamados empregos. Mas se você tiver um estepe chamado determinação, um motor chamado perseverança, um seguro chamado fé e um motorista chamado Jesus, você chegará a um lugar chamado sucesso!!